A verdade é que, três meses passados, nunca consegui estar mais de 20 minutos longe da E. Eu sei que é tontice minha, mas dá-me um aperto no coração só de pensar que me afasto um bocadinho. No entanto, porque por estranho que pareça a vida continua, já me acontece pensar de vez em quando e ainda muito na teoria numa ida ao cinema ou a um espectáculo. A questão é: uma vez que a minha pequenina está (e estará) exclusivamente ao peito, quanto leite é que precisarei de tirar para deixar uma refeição garantida?
Já a pensar nestas coisas, arranjei ontem uma "bomba" com óptimo aspecto mas tantas peças que só me lembra um daqueles electrodomésticos fantásticos para fazer sumo de fruta que acabamos por só usar uma vez por ano, tal é a trabalheira que dá lavá-lo. Depois de praticar a montagem e desmontagem da dita bomba e de uma meia hora de algum desconforto consegui uns míseros 50ml. À hora da mama, a E. provou pela primeira vez e com muito sucesso um biberão e eu tive recordações fortíssimas de brincar às bonecas e da minha irmã pequenina. Claro que a seguir mamou tanto tempo como de costume.
Voltando ao assunto: procurei respostas, mas o melhor que encontrei foi a seguinte forma de cálculo tirada daqui:
A baby will usually consume approximately 2.5 ounces of milk per pound of body weight in a 24-hour period, up to a total of 32 ounces. For example, a 12 lb. baby will need a total of about 30 oz. of milk in a 24-hours period, which equals about 3 to 3.75 oz. per feeding for 8-10 feedings.
Convertendo, dá 73,93ml por 0,4536Kg de peso cada 24h. Mas será igual para todas as idades? Alguém tem sugestões?
Nós ainda estamos na fase sem pés (nem mãos nem boca) no chão. Para já procuramos sítios que as rodas do carrinho possam percorrer sem grandes obstáculos (e descobrimos que em todo o lado há degraus) ou em que as mães (e pais também) de bebé pendurado possam descansar mais ou menos facilmente.
Quanto a jardins fico-me para já pelo Botânico: muito grande e fresco, sem baloiços nem escorregas (e não sei se se pode levar bicicleta), mas também sem vestígios de cão e com mil e uma árvores e plantas para explorar. A entrada dos adultos é paga mas há descontos variados (informações aqui). {
dito por Unknown às 10:02:00 da tarde
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quinta-feira, maio 22, 2003
Vale mesmo a pena ler este lindísiimo post no Mothern (e os outros todos, pensando bem). {
...o que pensou quando viu o filho pela primeira vez? Dos primeiros segundos lembro-me sobretudo do calor da pele da Elvira, do macio do vernix e do cheiro bom que vinha dela. E de estar ansiosa por ver-lhe a cara (mais do que por contar as partes do corpo a ver se estavam todas, porque esses medos tinham sido sossegados pelo meu querido ecografista, meses antes). Creio que foi isso que pensei antes de mais (sim, sim, também tive receios tolos): pronto, é linda, está tudo bem, agora é preciso pô-la já já a mamar. Olhando para trás, pergunto-me se o que aconteceu naqueles instantes foi o pôr em prática do que ensaiara mentalmente milhares de vezes ou qualquer coisa de facto mais primária. Não sei, ainda não decidi se acredito no instinto.
Bem-vinda, Isabel :)
Nota: Rui, escreves esse texto para mandarmos ao Paulo Branco?
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dito por Unknown às 8:10:00 da tarde
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Eu vi, eu vi! Na EuroNews: Uma mini-reportagem sobre um cinema em Hannover cheio de mães (e pais também) com bebés ao colo. Mães (e pais também) a irem ao cinema como normalmente mas com os seus bebés. À entrada da sala até tinham um "mudador" improvisado em cima de uma mesa. Ó Paulo Branco, porque não fazes tu uma coisa destas no Nimas ou no Ávila, nem que não fosse senão um sábado por mês? {
dito por Unknown às 12:15:00 da tarde
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sexta-feira, maio 16, 2003
Afinal, como é que estas coisas se fazem? Algumas coisas aparentemente óbvias sobre bebés para mim não foram assim muito. Sobretudo no que respeita a burocracias (segurança social, vacinas, registos), houve coisas em que tive dúvidas e outras que soube mais ou menos por acaso. Por exemplo, não teria levado a E. a fazer o "teste do pezinho" dentro do prazo aconselhado se não tivesse ouvido a uma companheira de enfermaria que o dito devia ser feito entre o 4.º e o 7.º dia de vida do bebé.
Aqui fica uma colecção de links para sites portugueses com informações de estilo burocrático mas que considero úteis:
Registo de Nascimento (Infocid)
Quando, onde e como se faz, que documentos é preciso levar, que regras existem para os nomes. Por falar em nomes, sei que existe uma página (oficial) com a lista completa dos nomes permitidos em Portugal mas não tenho a morada. E as modas dos nomes davam de certeza um bom post.
Gravidez e Parto (Infocid)
Algumas informações básicas sobre a gravidez: calendário de consultas e alguns direitos da grávida.
Mais sobre o mesmo assunto no Guia do Utente do Serviço Nacional de Saúde, secção Gravidez e Parto (O que é necessário para ter o parto num hospital do SNS?, O que devo levar comigo no momento do parto?, Tenho direito ao transporte para a Maternidade?, A grávida pode ser acompanhada durante o parto?, etc.).
Como é bom estar grávida em três quadradinhos (um deles um rectângulo): aqui (por James Kochalka) :) {
dito por Unknown às 7:54:00 da tarde
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quinta-feira, maio 08, 2003
Durante o curso de preparação para o parto que (felizmente) fiz (aliás fizemos), uma das coisas que mais me espantaram foi saber que ia ter de parir (a palavra é esta...) deitada. Não me parecia fazer sentido nenhum e de facto não fez nem faz. Dizia a fisioterapeuta que é assim por ser mais fácil para quem está a "fazer" o parto, i.e., o médico. Hoje encontrei, através de um site de que gosto muito, as recomendações da OMS para partos normais. O documento chama-se Care in normal birth: a practical guide e está resumido no Amigas do Parto.
Vale a pena ver. E exigir. {
dito por Unknown às 5:28:00 da tarde
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Dói, Dói? Trim, Trim! Um dia, anos antes de pensar seriamente em ter um bebé, encontrei na caixa do correio a notícia: tinha sido criado um serviço telefónico para atender urgências pediátricas, 24 horas por dia, 7 dias por semana. O folheto perdeu-se mas guardei numa agenda o número (808 242 400), pensando que talvez um dia me fosse útil.
E foi. Todos os bebés - mesmo os bebés mais risonhos e bem-dispostos - pregam sustos. A Elvira pregou-nos um logo no princípio e lembrámo-nos deste número. Confesso que ao ligar não tinha grandes expectativas, mas a verdade é que fui muitíssimo bem atendida. Do lado de lá está uma equipa de "enfermeiros especialmente formados" que, ao contrário do que é habitual nas linhas de atendimento, sabem mesmo do assunto e não nos tratam mecanicamente por "senhora Rosa Pomar". O enfermeiro com quem falei esclareceu-nos e sossegou-nos, depois de ter aberto uma ficha em nome da Elvira para posteriores contactos (que já aconteceram). Para além disso - e este foi o pormenor que acabou de me convencer - é ainda prática corrente deste serviço contactar um ou dois dias depois os pais (ou quem tiver feito o telefonema) de maneira a confirmar que o bebé já se encontra totalmente bem. Afinal há coisas que funcionam.
Nota1: Apesar de ser da responsabilidade do Ministério da Saúde, este número não é referido em parte nenhuma do respectivo site (e coitado do site), inclusive na página de telefones de urgência.